Como ocorrem nas escolas as tradicionais iniciativas de formação docente continuada e qual é o resultado
por Anselmo Lima
Tradicionalmente, nas instituições de ensino, programas, cursos ou “momentos” e “períodos” de formação docente continuada baseiam-se na leitura de textos teóricos, na participação em oficinas e, principalmente, na presença dos professores a palestras. Entretanto, não se tem notícia de que alguma dessas iniciativas tenha tido foco e tenha abordado, de modo concreto e simultâneo, tanto a prática de ensino em sala de aula quanto suas relações com a saúde do professor.
Em sua quase totalidade, essas iniciativas institucionalizadas de “formação docente continuada” são momentaneamente ministradas pelos chamados “especialistas” na atividade do professor, havendo nelas o predomínio do “falar sobre” uma atividade docente idealizada e, portanto, sem dúvidas inexistente. Em seu discurso, os chamados “figurões” ou “grandes nomes da educação” frequentemente apontam o que consideram ser os “erros” dos professores, indicando em seguida o que os docentes deveriam “na verdade” fazer para “acertar”, “mas não fazem ou teimam em não fazer”. Esse “falar sobre” frequentemente assume as seguintes formas: “o professor não sabe isso e/ou aquilo”, “o professor não está preparado para isso e/ou aquilo”, “o professor não consegue isso e/ou aquilo” e, complementarmente, “o professor deveria isso e/ou aquilo”, etc.
É justificada e bem conhecida a reação de muitos professores diante de semelhante discurso, o qual são muitas vezes obrigados a ouvir sentados e calados por várias horas (e ao longo de vários dias!) quando participam de alguma “semana” ou “mês de planejamento”. Após cutucar o colega que igualmente sofre à sua direita ou à sua esquerda, cochicha, dentre outras coisas: “eu queria era ver o figurão aí da frente fazer lá em minha sala de aula da quinta série o que ele está dizendo!”. E não é raro que, depois disso, o professor volte para sua sala de aula frustrado, sem nada ou quase nada levar consigo em termos de contribuição efetiva para o avanço de suas ações profissionais ou para a resolução de alguns de seus problemas cotidianos. Não é de surpreender, além disso, que a repetição dessa situação várias vezes, semestre após semestre e ano após ano, acabe por contribuir para prejudicar a saúde do professor após adicionar mais insatisfações a sua já tão difícil rotina de trabalho.
Professor, como tem sido a formação docente continuada em sua escola? Ela tem abordado seus problemas e dificuldades concretos de sala de aula e ajudado você efetivamente a superá-los? Ela tem se preocupado de verdade também com sua saúde? Compartilhe suas experiências deixando um comentário para este post.
Anselmo, considero pertinente e urgente essa discussão. Parece que os pontos importantes e necessários para contribuir na prática do professor andam passando longe das formações iniciais e continuadas do magistério. Infelizmente as instituições parecem não estar muito interessadas em tocar em questões estruturais, nas feridas, que envolvem o profissional da educação básica. Precisamos mudar isso. Sandra Lima
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Sandra, você tem toda razão! Penso que isso tem sido assim especialmente porque os pontos das formações docentes são, com frequência, levantados e decididos por outras pessoas, que não são os próprios professores em exercício. Você poderia dar alguns exemplos dos pontos de formação docente que você, como professora, consideraria importantes e necessários, mas têm passado longe das formações do professor, tanto iniciais quanto continuadas?
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Penso que a questão dos tempos e espaços escolares devem ser discutidos com urgência. Essa metodologia em que somente o professor é protagonista e os alunos passivos, tendo que cumprir as mesmas atividades ao mesmo tempo, do mesmo modo, desconsiderando a singularidade de cada um, deve ser revista, pensada, substituída. Mas acredito que essa tarefa é bastante complexa e não cabe apenas a uma pessoa / pesquisador, necessitamos unir forças e cabeças.
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Sandra, essa questão dos tempos e espaços escolares é mesmo uma das questões coletivas fundamentais a serem (re)trabalhadas. As pessoas ou pesquisadores que ousam assumir essa tarefa sozinhos são frequentemente os especialistas externos na atividade dos professores, os “figurões” aos quais faço referência no post e cuja abordagem está sempre muito bem alinhada com a do desinteresse – como você diz – “em tocar em questões estruturais, nas feridas, que envolvem o profissional da educação básica”.
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Professor Anselmo, essa infelizmente é a realidade das escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio. As semanas pedagógicas são cheias de textos para leitura que, na maioria das vezes, não acrescentam nada ao fazer pedagógico dos Professores. Nem palestras temos… Penso que esses momentos deveriam servir para os professores e demais profissionais da educação repensarem suas práticas, tirarem suas dúvidas e resolverem seus problemas, além de dar ânimo para o início do ano letivo.
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Aline, é mesmo fácil constatar que os professores e demais educadores estão entregues a si mesmos nas escolas, sem um adequado e indispensável apoio institucional. Uma das coisas que pretendo demonstrar e discutir neste Blog é que esse estado de coisas, além de ter impactos sobre a qualidade do ensino, tem sérios impactos também sobre a própria saúde dos professores. O caminho é por onde você sinalizou, mas como fazer?! Na sequência dos posts, pretendo apresentar uma proposta de superação dessa dificuldade, a qual coloquei em prática, de forma bem-sucedida, em uma instituição pública federal de ensino. Obrigado pelo comentário!
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Olá, Anselmo! Penso que quando uma sociedade precisa contratar “especialistas” para dizer o que os professores devem e precisam fazer está, indiretamente, afirmando que não confia em seus professores. O seu post dialoga bastante com as leituras que tenho feito da obra “As crianças mais inteligentes do mundo e como chegaram lá”, de Amanda Ripley. A autora, uma jornalista do Times, investigou sobre os sistemas de educação de alguns países do mundo dos quais destaco a Finlândia. A partir de um “tratamento de choque” a Finlândia modificou totalmente seu sistema de educação e passou a admitir para as faculdades de educação, os melhores estudantes. Para ingressar na carreira do magistério, o estudante precisa ser bem dedicado, envolvido e estudioso e fazer um estágio muito bem feito.
Os alunos da Finlândia, conforme pontua a autora Amanda Ripley, não questionam a competência de seus professores e as escolas possuem uma autonomia que aqui no Brasil desconhecemos. A sociedade confia em seus professores, respeita os seus professores e conforme as inúmeras notícias que temos, as coisas dão certo por lá….
Assim, avalio que quando “figurões” “precisam” ser enviados para as escolas para ditar aos professores o que devem ou não fazer, sem terem, na maioria dos casos, a menor experiência do que é a vida em sala de aula, há a confirmação de que a sociedade não confia nos profissionais que atuam na educação, como se estes estivessem alheios e inertes a tudo o que ali se passa e ocorre. Como pode dar certo uma educação, cuja sociedade não confia no profissional responsável pelo o que costuma ser definido como o elemento mais importante de uma nação, a educação? Na tentativa de defender a pertinência dos “figurões” na escola, há quem afirme que “temos bons e maus professores no Brasil”. Claro, assim como em qualquer profissão… o que questiono é se a profissão do professor é tão importante como assim manifesta o discurso, não é chegada a hora de também investirmos (Brasil) no melhor profissional e lhe dar a autonomia para encontrar as soluções dos problemas próprios do seu contexto de trabalho?
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Oi, Denize! Existe em nosso país uma verdadeira indústria dos “figurões”, os famosos especialistas externos, que saberiam “tudo e mais um pouco” sobre a atividade dos professores. Essa indústria, para ter e manter seu alto faturamento (acredite: ela lucra muito!), trabalha de forma a estabelecer, reforçar e perpetuar algumas ideias que você denuncia com toda propriedade em seu comentário: 1) os professores não seriam dignos de confiança; 2) a competência dos professores deveria ser constantemente questionada; 3) os professores, portanto, não poderiam e não deveriam ter autonomia nas escolas. É essa, dentre outras, uma das maneiras de os “figurões” se tornarem sempre necessários e de permanecerem sempre em evidência às custas dos professores. A proposta deste Blog é justamente trabalhar na contramão dessa tendência, tomando o partido dos professores: sejam supostamente “bons” ou supostamente “maus” – não importa – são os próprios docentes (e não quaisquer outros!) os verdadeiros especialistas naquilo que fazem. Dessa forma, mudanças duradouras nas escolas e a melhoria da qualidade do ensino devem se produzir e se sustentar de “baixo” para “cima”, partindo dos professores para com os gestores (e não o contrário), sendo o papel destes últimos fomentar e apoiar plenamente as iniciativas dos docentes, que devem ter total autonomia nas escolas. O paradigma estabelecido, além de todo o prejuízo que causa, é também prejudicial à saúde do professor. Uma mudança gradual desse paradigma, como pretendo mostrar e demonstrar na sequência dos posts, deve também gradualmente contribuir para a promoção da saúde do professor no trabalho. Obrigado pelo comentário!
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Concordo contigo, Anselmo. Nada como quem está na base, que conhece a realidade do dia a dia, da sala de aula, para propor reflexões e ações sobre o que pode contribuir para a sua saúde e para a saúde do local de trabalho como um todo. Obrigada pela oportunidade de conversarmos sobre essas questões.
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O que me incomoda é o discurso acadêmico que julga inútil o saber dito prático do professor e considera o saber acadêmico, muitas vezes distante da realidade, o suprassumo.
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A mim também esse discurso acadêmico incomoda muito, Adail! E acredito que incomoda também a muitos e muitos professores, especialmente os da Educação Básica. Felizmente há alguns acadêmicos como você e eu que pensam diferente e começam a fazer alguma coisa para ajudar a mudar essa situação! Obrigado pelo comentário!
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Professor, este tema tem chamado minha atenção desde que começamos nossos estudos e acho que foi por essa visão diferenciada da formação docente continuada que me interessei pelos estudos nessa área. Essa visão é perfeita quando pensamos nas semanas pedagógicas que conhecemos e também da forma como elas são realizadas. Pensando nisso, percebo como nossa visão de formação docente é diferenciada e poderia contribuir para os professores, auxiliando-os realmente na prática em sala de aula. Abraços,
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Você tem toda razão, Teresa! O desafio que temos diante de nós consiste em que a perspectiva que assumimos é diferente da perspectiva do paradigma estabelecido quando o assunto é formação docente continuada. A maioria esmagadora dos gestores pensam que podem resolver todos os problemas educacionais recorrendo aos “figurões”, os “especialistas externos” ao trabalho do professor. Mas isso é um grande equívoco. Mudanças permanentes na educação só são possíveis se forem implementadas pelos próprios professores, como especialistas que são em sua própria atividade. O papel dos gestores é apoiá-los. Mas essa abordagem exigiria dos gestores um outro preparo e uma outra forma de compreender e de trabalhar com os docentes. Na continuidade dos posts vou mostrar qual seria esse preparo, que forma de compreensão seria essa e como efetivamente realizar esse trabalho. Um abraço e obrigado pelo comentário!
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Professor, tenho a percepção de que os “figurões” não estão só presentes nas semanas de formação continuada, mas também na elaboração de políticas educacionais. Quem não se lembra, por exemplo, da maneira como foram feitas a Reforma do Ensino Médio e a aprovação da Base Nacional Comum Curricular? Não seria a formação continuada apenas um sintoma de algo mais profundo da/na sociedade brasileira?
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Acredito que tais cursos de formação continuada são considerados muito insatisfatórios porque enxergam o professor simplesmente como um executor/aplicador de receitas prontas, enquanto sabemos que cada escola, e até mesmo cada turma, pode apresentar realidades diversas, ou seja, essas “receitas prontas” que são passadas aos professores não dão conta de resolver problemas complexos da atividade docente.
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Concordo, Mayara. Coloco que essas “receitas prontas” muitas vezes desmotivam o professor.
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Sim, Mayara. Acho que há uma falta de identificação dos professores na formação continuada que dificulta a melhora dos problemas enfrentados em suas carreiras. Uma abordagem mais aproximadora e contextualizada, como a da clínica docente, pode despertar maior interesse dos professores.
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Quem poderia entender mais da prática docente do que o próprio professor, que está diariamente em sala de aula, que conhece seus alunos nome por nome, que sabe das limitações do espaço físico escolar, que entende suas próprias limitações?
Por vezes, escuto professores comentarem que “na prática a teoria é outra” e penso se isso não é um sintoma de que a teoria (comumente estudada nas formações continuadas tradicionais) não compreende a realidade escolar. Talvez, ao afirmar isso, o professor entenda que a sala de aula é viva e está em constante modificação.
E se, ao invés da comum formação continuada com “especialista”, fossem os próprios professores quem socializassem suas práticas (atuais) que estão dando bons resultados e discutissem as que não dão tanto resultado?
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Fran, achei interessante seu comentário, afinal de contas o professor é o verdadeiro especialista do seu trabalho, como apontado pelo professor Anselmo. No entanto já cheguei a escutar de colegas professores quando questionados se a opção apresentada em seu comentário seria preferível, que não poderiam “aprender” ou “evoluir” seus conhecimentos de alguém que se encontra no mesmo “nível” que eles, ou seja, de outros professores.
Na minha visão, esta fala nos mostra outro fator negativo de tal modelo de formação continuada. Ao longo dos anos, os tradicionais cursos de formação continuada podem ter feito com que o professor perdesse a capacidade de se enxergar como o próprio especialista da sua atividade docente.
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A formação continuada, que é algo tão essencial no que concerne às melhorias da prática docente, muitas vezes é banalizada exatamente por serem ministradas por “figurões”. Certamente que se torna fácil trazer aos professores inúmeras teorias e além de criticá-los, idealizar a profissão de maneira a fazer com que o profissional se sinta fracassado quando não atinge determinado objetivo. Nós, como professores, estamos sujeitos a falhas, equívocos e incertezas. Penso que a formação continuada deve ser feita através de diálogos entre os próprios professores, por meio do compartilhamento de atividades, experiências e teorias. Nós, professores, precisamos nos ajudar.
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Perfeita colocação Barbara, afinal quem poderia falar sobre as atividades docente se não os próprios professores? é de extrema importância que os próprios docentes de uma determinada escola se reúnam para comentar sobre suas práticas, pois eles sabem o que realmente ocorre no âmbito escolar, assim, juntos conseguirão alavancar as suas práticas.
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Creio que a medida em que o professor passa anos de sua carreira enfrentando dificuldades para desempenhar um trabalho de qualidade em suas diversas turmas, é frustrante ter de ouvir críticas vindas de fora, de um desconhecido, sobre como dar aula. Embora existam áreas em que críticas são bem-vindas, a abordagem utilizada para tal toma um papel essencial. A palestra de um “figurão”, além de contribuir pouco com os problemas do professor-alvo, pode ser nociva à áreas cujo o profissional já executava um bom trabalho, mas por frustrar-se com o “sermão” de que seus métodos estão errados, acaba abalando seu desempenho como docente de um modo geral.
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Exatamente, Emanuel. Não só abalando, mas também tendendo para que queiram deixar de sua profissão, o que é muito comum principalmente quando o professor é novo nesse ambiente.
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Penso que o propósito da formação continuada é extremamente importante para os professores, no entanto a forma com que tem se desenvolvido na prática não supre as necessidades dos docentes, afinal deixa a desejar quando os professores só ouvem críticas do que deveria ser feito, mas não pautam como realizar mudanças. O que acontece é que durante essa formação os “figurões” vão com a receita do bolo pronta, quando na verdade esquecem que a sala de aula é dinâmica e não estática. Para isso cabe ao corpo docente promover esse tipo debate, afinal todos estão familiarizados com a realidade, sendo assim, podem juntos podem se ajudar.
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Camila, concordo plenamente contigo, as criticas são inúmeras e muitas vezes vindas dos próprios docente.
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Discutir formação continuada é necessário, e sabemos que a profissão do professor é uma das mais debatidas na sociedade, inclusive pelos “especialistas da área” e por tantos outros que se apropriam de discursos baseados no senso comum, e que assim, se julgam ter qualificação para opinarem a respeito das práticas docentes, mas na verdade poucos realmente sabem o que é ser um professor (a). É necessário dar mais voz ao protagonista do ato de ensinar para chegarmos a resultados realmente eficazes.
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Exatamente Bruno, muitos opinam e acham que pratica docente é mil maravilhas, mas não sabem os desafios que encontramos em nossa trajetória. Creio que se os professores tivessem mais valor na sociedade, a própria busca na formação continuada melhoraria.
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Professor Anselmo, infelizmente o que está relatado neste poste é a mais pura realidade das escolas. As maioria das palestras e cursos ofertados giram em torno da teoria. Muitos acabam esquecendo que a saúde do professor é fundamental para a saúde de seu trabalho.
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O seu relato em sala me comoveu tanto, Janaina… me fez refletir a respeito do quanto somos guerreiros e vulneráveis ao mesmo tempo. Esses discursos utópicos de “especialistas” também contribuem significativamente ao nosso adoecimento profissional/pessoal, pois nos apresentam, na maioria das vezes, resultados improváveis de se obter diante a realidade que temos, induzindo-nos a descrer da nossa capacidade quanto especialistas da àrea.
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Quão rico é esse assunto das reflexões pedagógicas existentes nesse universo das escolas! Essa angustia que paira nesse contexto da confiança e valorização do professor em transferir esse saber e que se espera que o aluno assimile o para o bem do coletivo social. As semanas pedagógicas quase ou sempre que angustiantes ,pois o que se verifica é que o professor que esta na realidade cotidiana nem sempre recebe o real valor , como que se não estivesse alancado seu espaço.(como se não tivesse preparo para estar ali). O local de trabalho deve ser de sintonia e prazer para realizarmos nossa prática pedagógica e não adoecermos , pois muitos são os desafios no cotidiano escolar.
Parabéns professor Anselmo em nos permitir essa reflexão e viabilizar outras possibilidades dessa pática.
Abraço.
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Acredito que a maioria dos professores sofre, ou já sofreu esse tipo de situação na escola ou colégio em que leciona. É quase uma ofensa ser, de certa forma, guiado pelos “figurões” que apenas falam em soluções que apenas são possíveis no plano ideal em uma sala de aula, mas que na prática, tendem a tomar rumos distorcidos.
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Exatamente, Angelo! Na hora da explicação dos “figurões” tudo é lindo e maravilhoso. No entanto, na prática, muitas vezes, essas soluções mágicas tendem a tomar rumos distorcidos e, por vezes, são extremamente incondizentes com as orientações previstas na legislação educacional.
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A formação continuada sofre, por vezes, com a falta de um planejamento direcionado. Sofre com a falta de informações que de fato instruam e contemplem características pelo menos similares ao real quadro educacional que nós, quanto professores, presenciamos. Essa deficiência na gestão reflete não somente nos aspectos organizacionais de uma estrutura, mas também na vida pessoal de quem a compõem.
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A iniciativa de discussão do assunto “formação continuada” proporcionada pela criação deste blog e toda a reflexão que o antecede são os primeiros passos para a possibilidade de melhorias nessa área.
Talvez o que tem faltado é perceber a importância e relevância do assunto como parte integrante da grande área Educação.
Uma vez que identificamos o que tem ocorrido, podemos pensar que estamos preparados para sermos pacientes com aqueles que acreditam que tem algo a oferecer e, na verdade, não sabem que pouco ajudam.
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Acho essa discussão muito válida, pois muitos professores em suas formações continuadas se deparam com colocações de “figurões”, que se dizem especialistas, mas em muitos casos, o contato com sala de aula foi pouquíssimo, passando muitas coisas que precisam melhorar ou mudar, mas que na verdade, não são possíveis na prática, gerando uma frustração para o docente e adoecendo sua profissão. Gostaria de saber se alguns colegas docentes já se sentiram frustrados com teorias que não se é possível aplicar em prática.
Abraços
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