O que caberia aos gestores quando o assunto é a formação continuada e a saúde do professor?
por Anselmo Lima
Desde o Ministro, os Secretários Estaduais e Municipais de Educação, passando pelos Diretores de Escolas, até chegar aos Coordenadores Pedagógicos, é responsabilidade dos gestores educacionais promover a formação continuada e a saúde do professor em parceria com os docentes. Todos os que trabalham na gestão educacional, direta ou indiretamente, são responsáveis por isso. Mas o que precisamente caberia aos gestores educacionais nesse sentido? Os posts publicados no Blog até o momento apresentam várias pistas para se responder a essa questão:
- Não separar a teoria da prática nem a prática da teoria, mas promover o círculo virtuoso do falar-e-fazer e do fazer-e-falar; [clique aqui para saber mais]
- Procurar compreender o trabalho humano em geral para melhor compreender o trabalho do professor, levando em conta e respeitando a distância inevitável entre trabalho prescrito e trabalho realizado; [clique aqui para saber mais]
- Considerar o professor tanto como trabalhador quanto como educador; [clique aqui para saber mais]
- Compreender as quatro dimensões da profissão docente: impessoal, pessoal, interpessoal e transpessoal; [clique aqui para saber mais]
- Entender a dinâmica dos grupos de professores, no movimento das coleções de indivíduos para os coletivos de trabalho; [clique aqui para saber mais]
- Entender os impactos negativos das coleções de indivíduos para a saúde do professor e para o exercício da profissão docente; [clique aqui para saber mais]
- Entender os benefícios dos coletivos de trabalho para a saúde do professor e para o exercício da profissão docente; [clique aqui para saber mais]
- Garantir o desenvolvimento das coleções de indivíduos para que se tornem coletivos de trabalho docente; [clique aqui para saber mais]
- Compreender a centralidade da dimensão transpessoal da profissão docente e suas relações com a formação continuada e com a saúde do professor; [clique aqui para saber mais]
- Compreender e respeitar a consciência profissional dos professores, ajudando-os a desenvolvê-la; [clique aqui para saber mais]
- Buscar identificar constantemente, em parceria com os docentes, os obstáculos e dificuldades reais que eles enfrentam no dia a dia da sala de aula e ajudá-los a superá-los; [clique aqui para saber mais]
- Compreender os fatores que contribuem para a realização dos professores no trabalho e promovê-los, ajudando-os a identificar e eliminar os fatores de desrealização; [clique aqui para saber mais]
- Não dissociar a promoção da formação continuada dos professores da promoção de sua saúde no trabalho; [clique aqui para saber mais]
- Inovar na proposta de programas e ações de formação docente continuada, evitando e não insistindo em práticas tradicionais que já revelaram suas grandes limitações, sendo por isso mesmo amplamente rejeitadas pelos próprios professores; [clique aqui para saber mais]
- Compreender finalmente que, quando o assunto é educação, o melhor partido a se tomar é o partido dos professores.
Após um resumo das teorias no post da próxima quarta-feira, apresentarei e detalharei uma proposta prática de programa de formação docente continuada que inova por promover também a saúde do professor no trabalho. Um exemplo concreto de como essa proposta foi implementada de forma bem-sucedida em uma instituição pública de ensino será apresentada e discutida na sequência. Obrigado por acompanhar e apoiar este Blog!
Anselmo, esse resumo com links para os textos do seu blog é ótimo! Ontem, na turma do oitavo período, conversamos sobre o conteúdo das suas postagens. Foi um momento muito produtivo e de trocas de experiências, de expectativas, de perguntas, de reflexões. Muito obrigada por essa oportunidade de dialogarmos contigo sobre todas as questões que envolvem a saúde do professor. Suas propostas de práticas de atuação do gestor serão muito bem-vindas para que continuemos esse diálogo. Um abraço!
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Denize, fico muito feliz em saber que o trabalho está sendo útil. Agradecimentos a você e aos alunos pela participação e apoio! Um abraço!
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Muito bom esse resumo professor, com ele podemos perceber que há muito o que os gestores podem fazer para ajudar a manter a saúde do professor em equilíbrio. Obviamente existe vários fatores que levam ao adoecimento, mas com o apoio pedagógico certamente é um motivo a mais para o professor não se sentir sozinha nessa carreira.
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Penso que assim como o apoio pedagógico e apoio dos próprios docentes é necessário, para que não haja o adoecimento.
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Com certeza, Camila! Como já vimos nas postagens anteriores que foram retomadas neste post, o apoio pedagógico é muito importante para a carreira do professor.
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Penso que caberia aos gestores da educação , questionar ao grupo de docente que tipo de formação continuada eles desejariam ter. Realmente muitos dos itens citados no post são deixados de lado , ocasionando o adoecimento dos docentes.
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Eu também acho que a equipe pedagógica deveria levantar um questionamento, levando em consideração o que é melhor para a escola, deixar de lado essa ideia de chamar um representante de fora para aplicar cursos e investir mais na própria escola.
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Achei muito interessante como esse post retoma os anteriores nos mostrando que todos esses assuntos estão interligados e como é relevante fazer a reflexão sobre esses. Depois de lê-los fica muito claro que o professor não trabalha sozinho e como a gestão tem muita responsabilidade nesse processo. Sabe-se que o essencial seria uma parceria entre o gestor e o professor, de modo que o segundo seja apoiado pelo primeiro visando à melhoria da prática e enfrentamento das dificuldades, mas isso dificilmente ocorrerá quando se tem gestores incapazes de considerar as condições reais de trabalho do docente.
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Exatamente, Barbara. A relação de parceria entre os gestores e professores é essencial para a motivação do docente. E se os gestores estiverem ao lado do professor, há bem mais chances de a educação ser bem sucedida.
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Com esse post fica ainda mais evidente como a profissão docente é de dimensão transpessoal, pois todos os conceitos abordados até esse momento estão interligados e assim deve ser a relação da prática dos gestores com a prática dos professores. O gestor escolar é peça essencial para que os professores se tornem mais conscientes da sua atividade, e, consequentemente, de sua saúde.
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Isso mesmo, Mayara. É necessário que haja uma conscientização do quanto a prática docente envolve diversos elementos que precisam trabalhar em conjunto, a fim de criar um ambiente propício para uma execução de qualidade do trabalho de cada professor.
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Gostei bastante desse post, professor! Ele é essencial, pois mostra que os gestores educacionais tem um papel importantíssimo no processo educativo. Contudo, muitas vezes esses se eximem de seus papéis, seja por situações outras que têm de dar conta, por falta de consciência da importância de seu próprio trabalho, ou ainda por falta de conhecimento específico, já que não raro são indicados para função de gestão pessoas que sequer são da área.
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Ser colocada diante da proposta de pensar qual é a parte que cabe aos gestores, faz-me pensar em uma rede de conexões de pessoas, interligadas como formas geométricas se interligam por arestas com as pessoas nos vértices (link do exemplo da imagem abaixo).
Para avançar de uma área a outra é preciso passar por essa rede, e, portanto, é necessário que haja um interesse em colaborar para o bem do coletivo de forma que, muitas vezes, requererá superar o interesse apenas individual. Quer dizer, muitas pessoas precisam estar interessadas para que aconteça. Caso contrário, o avanço é impedido em certo ponto (ou em vários pontos).
Diante disso, é preciso coragem e não desanimar em frente das muitas barreiras que existem, e fazer o possível para que o máximo de avanço ocorra. Pois os gestores enfrentarão situações fatídicas, que não estão em seu poder de escolha, posicionamento ou atitude para reverter a situação.
Imagem:
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Sim, Rebecca! É necessário que os gestores se interessem pela proposta de trabalho e façam escolhas pelo coletivo. Penso que o trabalho poderá se tornar difícil a medida que o trabalho comece a crescer e o gestor tenha que tomar decisões que muitas vezes não estão a seu alcance.
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Este post mostra claramente o quanto as decisões tomadas acerca das prescrições educacionais precisam de aprofundamento e cautela. Analisando como a prática docente é um ofício que envolve diversas dimensões e outros elementos, fica claro como, por vezes, os direcionamentos dos documentos oficiais falham em providenciar um apoio coerente e digno para o professor.
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Infelizmente as prescrições geralmente estão longes de serem postas às necessidades reais de uma escola. Porém, creio em um otimismo nessa parte: há coisas que já estão sendo impostas, e os resultados já estão começando a aparecer.
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Realmente é um sistema enorme e que envolve muitas pessoas de diferentes ideologias. Infelizmente, essas ideologias nem sempre se coincidem e o resultado disso é uma estrutura fragmentada. As prescrições estão para o professor assim como estão para os gestores, portanto, cada um deve fazer sua contribuição para que haja o bom funcionamento da escola como um todo.
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Precisamos fazer sempre o melhor que podemos no modo que conseguimos. O primeiro passo é compreender quais são as nossas responsabilidades profissionais para assim trabalharmos coletivamente em prol de um todo.
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Por isso a importância de um coletivo, sabemos que as diferenças são muitas, mas precisamos dessa união para um resultado satisfatório.
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Todo esse enorme processo nos mostra como somos peças de uma engrenagem que dependem umas das outras. Mesmo com nossas singularidades é possível pensar coletivamente e ver o que cada método pode contribuir positivamente para a funcionalidade do processo, evitando assim uma fragmentação negativa
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Exatamente, com todos colaborando não há como dar errado e, se der todos estarão unidos para resolver e encontrar a solução mais proveitosa para essa situação.
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Excelente post! Com ele podemos entender o que os gestores podem fazer para ajudar na saúde dos docentes, a equipe pedagógica tem um papel fundamental na vida do professor.
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Acredito que todos que fazem parte de uma gestão educacional deveriam ler esse blog, porque ele é muito esclarecedor e importante, por ele justamente ter interesse na saúde do professor, para que o mesmo possa estar em total condição de dar sua aula da maneira correta e mais proveitosa para todos.
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Exatamente, como seria bom se todos os gestores educacionais tivessem acesso a este resumo de coisas que deveriam ser integradas em semanas pedagógicas e na formação continuada. Neste momento podemos ver quão importante é todos os papeis no meio da educação, pois se todos os profissionais fizessem seu trabalho de maneira conjunta, todo o coletivo teria maiores resultados.
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