Tomar providências didático-pedagógicas com o apoio do coletivo de professores e dos gestores educacionais
por Anselmo Lima
Depois de levar os resultados alcançados ao conhecimento dos Gestores Educacionais para viabilizar a tomada de determinadas providências de resolução de problemas que dependam de apoio político-institucional, o décimo quarto e último passo na implementação de uma Clínica da Atividade Docente nas escolas é justamente a efetiva tomada de providências!
É possível que algumas delas digam respeito exclusivamente ao coletivo de professores, pois podem depender, por exemplo, de uma “revisão” de suas práticas de ensino sem que haja a necessidade de melhorias nas condições do trabalho de sala de aula. Sendo esse o caso, os docentes podem atuar juntos, sem depender do apoio direto ou da interferência dos gestores educacionais. Por exemplo, é possível que se tenha percebido que alguns alunos de determinados professores não estejam compreendendo bem certas matérias como resultado da dificuldade desses professores em explicar alguns conteúdos de maneiras variadas e, de alguma forma, numa linguagem mais acessível para os estudantes. Uma vez detectado o problema pelo coletivo de professores, esse mesmo coletivo se encarrega de orientar os colegas docentes que estejam enfrentando essas dificuldades ao compartilhar com eles práticas já testadas e confirmadas no grupo como “bem-sucedidas”. A partir daí, os docentes em dificuldade passam a experimentar essas práticas na tentativa de resolver o problema, contando para isso com o apoio e acompanhamento contínuo do coletivo.
Mas também é possível (e talvez mais provável!) que as providências a serem tomadas digam respeito a condições precárias de trabalho em sala de aula. Por exemplo: iluminação insuficiente, calor ou frio excessivo, carteiras, mesas e/ou cadeiras em quantidade insuficiente ou quebradas, instalações elétricas disfuncionais, infiltrações, salas superlotadas, falta de equipamentos necessários ou inadequação de equipamentos disponíveis. Nesses casos e em tantos outros de caráter semelhante, é preciso que haja o envolvimento e a atuação dos gestores educacionais em parceria direta com o coletivo de professores.
Este é o último de uma sequência de posts que tinham por objetivo apresentar os procedimentos básicos de implementação da Clínica da Atividade Docente como forma de promoção da formação continuada e da saúde do professor nas escolas. Os próximos posts serão dedicados a apresentar detalhadamente e analisar uma experiência bem-sucedida de implementação dessa proposta em uma instituição pública de educação superior. Continue acompanhando o Blog! Se você é novo por aqui, convido-o a ler também os posts anteriores, comentando-os ao final da leitura. Até a próxima!
Professor, como já disse no comentário do post anterior, acredito que seja possível resolver os problemas menores mais facilmente, através de um coletivo forte. No entanto, as questões mais complexas, notadamente as que envolvem questões estruturais, penso que são mais difíceis de serem resolvidas (para não dizer impossíveis).
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Eu concordo com você Dener, penso que nada é impossível, mas certamente há problemas muito difíceis de serem resolvidos com apenas a dedicação dos gestores, é necessário mobilizar outras esferas sociais para que haja solução.
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Bem como o Dener colocou no comentário acima, eu concordo, há certas situações que fogem do controle dos gestores educacionais, esses fatores certamente afetam a educação, consequentemente compromete o desenvolvimento coletivo e individual de cada indivíduo que frequenta o âmbito escolar.
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Ótima colocação, Camila. Esses fatores afetam DIRETAMENTE a educação, bem como as propostas de inovação, como a clínica da atividade docente.
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Concordo com o que foi colocado acima pelos colegas. Também acredito que há fatores que fogem do controle dos gestores e do coletivo de trabalho. Há coisas que “vem de cima” e muitas vezes quem deveria nos representar não se interessa com os problemas da realidade escolar…
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Infelizmente essa é a realidade e que acaba por desanimando os professores. Como resultado, os professores podem acabar perdendo seu engajamento para resolver os problemas que estão ao alcance.
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De fato, nós que trabalhamos em escolas sabemos que os professores e coordenadores da escola não conseguem resolver muitos dos problemas que a escola tem e que acaba afetando a prática dos docentes e o ensino como um todo. No entanto, é notável que os professores com o apoio do coletivo podem agir sobre situações que estão ao alcance deles e que, com certeza, já farão uma grande diferença no ensino.
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Sim, Mayara. Seja qual for a situação, há pelo menos alguma atitude que pode ser tomada a fim de solucionar determinado problema. Embora o alcance seja limitado, identificar e analisar um obstáculo é um processo vital para que haja alguma esperança de melhora.
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Quando enfrentamos obstáculos que não podem ser efetivamente contornados apenas pela classe docente, o apoio dos gestores é essencial. Concordo com os colegas quando eles dizem que existem problemas muito mais difíceis de serem solucionados apenas com o coletivo de trabalho formado nas escolas. Porém, aconteça o que acontecer, se existe pelo menos a identificação e análise de uma situação que estava sendo ignorada anteriormente isso já pode ser considerado um avanço, visto que demonstra a preocupação e a atenção sendo depositada nas questões que envolvem o trabalho do professor.
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Exatamente, Emanuel! O sistema organizacional de gestão é muito amplo e, certas questões não depende apenas da vontade do professor em solucionar.
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Compartilho da concepção dos meus colegas quando estes dizem que há problemáticas que não podem ser resolvidas apenas com o coletivo. Não entanto, se conseguirmos identificar o empecilho e pensar em possibilidades de resolução, faremos parte da resolução do problema.
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Há questões que fogem do controle dos gestores educacionais, mas se o coletivo se apoiar há mais possibilidades de melhorar e chegar em uma solução para o problema.
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