Que coletivo de professores foi constituído e qual foi a estrutura educacional envolvida?
por Anselmo Lima
Meu segundo passo na implementação da Clínica da Atividade Docente no Câmpus Pato Branco da UTFPR foi a constituição de um coletivo de professores a partir da estrutura educacional existente na instituição. O Câmpus está organizado da seguinte forma: Diretoria Geral e Diretorias de Gestão, dentre as quais está a Diretoria de Graduação e Educação Profissional. A esta última estão vinculados os seguintes Departamentos Acadêmicos: 1) Administração; 2) Agrimensura; 3) Ciências Agrárias; 4) Ciências Contábeis; 5) Ciências Humanas; 6) Construção Civil; 7) Elétrica; 8) Física; 9) Informática; 10) Letras; 11) Matemática; 12) Mecânica; e 13) Química.
Conforme esclarece o site da instituição, esses “Departamentos Acadêmicos são setores que administram pessoas, infraestrutura acadêmica e congregam docentes de disciplinas, áreas e habilitações afins, objetivando o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão”. O conjunto de todos os professores alocados nesses Departamentos (aproximadamente 300) foi constituído como coletivo maior de trabalho na implementação da Clínica da Atividade Docente, enquanto os conjuntos dos professores de cada Departamento foram constituídos como coletivos menores de trabalho.
É sempre importante lembrar que não se deve, entretanto, confundir coletivo de professores com coleções de indivíduos. O que espontânea e normalmente existe nas instituições de ensino são as coleções de indivíduos docentes. Sendo esse também o caso na UTFPR-PB, foi a partir das “coleções de indivíduos” dos referidos Departamentos que se constituiu o coletivo maior de professores. Isso foi feito inicialmente em reuniões pedagógicas específicas com os docentes de cada Departamento, apresentando-se a eles, detalhadamente, a proposta de trabalho. Essas reuniões tiveram a Clínica da Atividade Docente como item de pauta exclusivo.
O número de professores voluntários por Departamento Acadêmico foi o seguinte: Administração: 03 docentes; Agrimensura: 02 docentes; Ciências Agrárias: 03 docentes; Ciências Contábeis: 04 docentes; Ciências Humanas: 03 docentes; Construção Civil: 02 docentes; Elétrica: 04 docentes; Física: 04 docentes; Informática: 04 docentes; Letras: 09 docentes; Matemática: 04 docentes; Mecânica: 08 docentes; Química: 05 docentes; Total: 54 docentes. Em meu próximo post, apresentarei o terceiro passo da implementação da Clínica da Atividade na UTFPR-PB: que trabalho concreto de sala de aula foi enfrentado com qual coletivo de professores?
Professor, é extremamente interessante percebermos que as reuniões explicativas são gatilhos para a participação dos docentes nesse trabalho. Se as reuniões forem explicativas e detalhistas, certamente, os docentes aceitarão muito bem a proposta.
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Exatamente, Dener. É importante que a pessoa que esteja a frente dessa intervenção tenha muito estudo e conhecimento sobre a Clínica para que os professores consigam perceber seu real objetivo e se sintam motivados a participar.
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Eu penso que deve ser uma missão bem complexa essa integração e união entre os professores, muitas vezes não há grande afinidade entre os docentes, cada um possui ideais e um pensamento definido sobre a educação e suas aulas, mas é de extrema importância que haja unidade, para que então os próximos passos sejam dados, e como já mencionado em outros posts não há soluções rápidas para problema difíceis, por isso é a partir de estímulos e com bastante paciência que o progresso e a integração vai ocorrendo.
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Com certeza, Camila. Apesar das divergências, estamos na mesma luta.
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Por mais que haja a divergência de áreas de estudo e interesse, é sempre importante lembrar como nós, professores, licenciados, conhecedores da realidade educacional estamos na mesma luta, objetivando as mesmas inovações para nossa classe. Percebo muitas vezes a falta de união dos docentes, que muitas vezes não abrem o olho para a realidade educacional e não percebem que estamos no mesmo barco. É neste sentido que entra a relevância do coletivo de trabalho e de um ambiente de espaço aberto para diálogo!
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Concordo, Barbara. Há um equívoco cometido por alguns professores que passam a enxergar os colegas de seu ambiente como rivais e adversários, embora, como você pontuou, todos estão no mesmo barco e deveriam colaborar entre si.
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Compartilho da visão da minha colega Barbara no comentário acima. Percebi nas escolas em que atuei nos estágios e PIBID muitas situações desconfortáveis de rivalidade entre os próprios professores. Penso que não é o ideal que os professores criem inimizades dentro do ambiente de trabalho com tantos problemas que eles já precisam enfrentar. É preciso que os docentes criem um sentido de união e empatia para trabalhar juntos na resolução dos problemas.
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Concordo com você Mayara, tanto é que para a clínica dar certo o grupo escolar precisa estar unido, não pode haver desavenças e intrigas, caso contrário a clínica não dará certo.
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Essa diversidade de estilos e áreas de atuação de professores de diferentes disciplinas é um aspecto interessante a se considerar quando pensamos na formação de um coletivo de trabalho. Embora inimizades, desavenças e outras situações negativas podem emergir diante de uma variedade tão grande de profissionais, há também um potencial de contribuição entre os professores enorme, visto que as diferentes práticas e gestos educacionais utilizados por cada um podem ser compartilhados com outros membros daquele coletivo, gerando soluções ainda não pensadas, novas perspectivas para os métodos de ensino, dentre outros benefícios.
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Precisamos ter maturidade e saber lidar com as singularidades dos indivíduos. Compreender que será através das diferenças existentes que cresceremos continuamente. Como você explanou, Emanuel, breves desavenças sempre teremos, o que não pode ser feito é permitir que isso passe a tornar as relações tóxicas e imparciais.
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Brilhante, Jéssica!
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Brilhante, Jéssica!
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O sistema tende a nos fazer competitivos, especialmente com o nosso regime econômico. Isso também estimula a rivalidade entre os profissionais. O desprezo do profissional que se julga “completo” por todas as capacitações que já fez diante o recém formado também estimula um ambiente tóxico. Precisamos sempre ter consciência que somos coletivo e a nossa essência pede relacionamentos e empatia. Tanto em nosso pessoal quanto profissional.
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Muitas vezes não há união entre os docentes, que não percebem que estamos no mesmo barco. Por isso é importante o coletivo de trabalho e de muito diálogo!
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